Seminário: Povos e Comunidades Tradicionais afetados pelas ilegalidades dos processos da Cargill Agrícola S.A em Abaetetuba, Pará
No próximo dia 1º de abril, a partir das 10h, será realizado o seminário “Povos e Comunidades Tradicionais afetados pelas ilegalidades dos processos da Cargill Agrícola S.A. em Abaetetuba, Pará”. O evento, que será transmitido via Youtube, é a continuação de questões apresentadas durante a sessão de lançamento dos Boletins Informativos (Nº 2 Ribeirinhos, Pescadores e Pescadoras do Vilar e Moju na Ilha Xingu-Pae Santo Afonso: Território e Resistência de Nossas Origens e Nº 4 Cartografia Social do Baixo Tocantins Até Sua Foz No Rio Pará, ao Sul da Ilha de Marajó: Povos e Comunidades Tradicionais na Rota dos Grandes Empreendimentos no Pará), em 22 de fevereiro.
O objetivo do evento é discutir os impactos causados pela instalação da TUP da Cargill, empresa privada, multinacional, cuja atividade é a produção e o processamento de alimentos, na região. O resultado de investigação apresentando no seminário do dia 22 dá conta que a empresa se apropriou irregularmente de terras tradicionalmente ocupadas por quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, assentados e pescadores a região, sendo acusada de compra e posse de documentos fundiários irregulares.
As intrincadas negociações sobre as terras foram realizadas por agentes do governo estadual e por empresas formadas para realizar operações cujo objetivo é favorecer a instalação da empresa norte-americana. Invariavelmente, a justificativa é impulsionar o desenvolvimento negligenciando a destruição correlata à exploração de recursos e a desapropriação ilegal da terra. Este eixo é objeto de debates que sublinham as posições adotadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Secretaria de Patrimônio da União, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade.
A carta pública de informação sobre irregularidades fundiárias praticadas pela Cargill Agrícola S.A. e as afetações de terras tradicionalmente ocupadas no município de Abaetetuba, com data de 10 de março de 2021, assinada por diversos movimentos, entidades, representantes políticos e pesquisadores frisa “a questão de incongruências de propriedade e da iminência de violação de direitos territoriais e ampliação de conflitos decorrentes”. A apresentação e debates concorrem para compreensão dos modos de existência de povos e comunidades tradicionais que são afetados com a incrustação de megaempreendimento que se enquadram na racionalidade política neoliberal e representam empobrecimento, mortes e violência na Amazônia.
SERVIÇO:
Data: 01/04/2021
Hora: 10h
Plataforma: Youtube do Naea (https://www.youtube.com/watch?v=AdsUqZQ-548&ab_channel=NaeaUFPAOficial)
Realização: Nova Cartografia Social da Amazônia / Naea
Expositores:
Daniel Pinheiro Viegas (PNCSA/AM)
Alfredo Wagner Berno de Almeida (UEMA/UFAM/UEA/PNCSA)
Dil Mayko Freitas (Comunidade Vilar – PAE Santo Afonso)
Nelson Ramos Bastos (PNCSA – Campus Abaetetuba)
Girolamo Domenico Treccani (UFPA – PPGD)
Eliana Teles Rodrigues (UFPA-PPGCIT-PNCSA Campus Abaetetuba)
Tatiane Rodrigues de Vasconcelos (UFPA- PPGD)
Elielson Pereira da Silva (UFPA – PNCSA)
Moderadora:
Rosa Elizabeth Acevedo Marin (UFPA, NAEA/PPGA), PNCSA)
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