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Professora do Naea coordena Grupo de Trabalho no XIV Congresso Luso-Afro-Brasileiro (CONLAB)

A professora Edna Maria Ramos de Castro, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea) é uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho (GT) “Amazônia: novas colonialidades e resistências”, que será apresentado durante o XIV Congresso Luso-Afro-Brasileiro (CONLAB) e 3º Congresso da Associação Internacional de Ciências Sociais e Humanas de Língua Portuguesa, que será realizado em Coimbra, Portugal, entre 2 e 4 de setembro. A proposta do GT é evidenciar a complexidade das novas colonialidades de poder que se organizam para destruição da natureza na Pan Amazônia.

Além da professora Edna Castro, este GT é desenvolvido com a colaboração de Maria Paula Meneses (Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra); Marco Antonio Chagas (Universidade Federal do Amapá); Janaina Freitas Calado (Universidade Estadual do Amapá).

Os interessados em submeter trabalhos ao CONLAB, podem o fazer seguindo as informações a seguir: as propostas de comunicação deverão ser compostas por um título com o máximo de 20 palavras, resumo com uma extensão máxima de 200 palavras, e cinco palavras-chave. Os autores deverão identificar-se pelo nome, instituição, país e e-mail. As propostas de comunicação deverão ser submetidas em português. Cada autor só poderá assinar no máximo duas propostas de comunicação. Submissões até 15 de fevereiro de 2020. Para mais informações, acesse o site da CONLAB: http://ailpcsh.org/conlab2020/.

 

Grupo de Trabalho (GT) “Amazônia: novas colonialidades e resistências”

 

A proposta do GT é evidenciar a complexidade das novas colonialidades e de poder de grandes corporações que se organizam e transformam os territórios, e produzem processos de destruição da natureza e dos saberes que demarcam a vida na Pan Amazônia. Perfilando as linhas do pensamento crítico latino-americano, de autores diversos como Arturo Escobar, Boaventura de Sousa Santos, Aníbal Quijano, Leonardo Boff, Maristela Svampa, Edna Castro, Chico Mendes, Mary Allegretti, Raoni Metuktire, Ailton Krenak, Wemerson Santos, Celleny Servitta, do pensamento de mulheres indígenas e dos feminismos negro, dentre muitos outros que têm subvertido a construção do olhar e a autoridade do conhecimento eurocêntrico pela complementaridade ou mesmo afirmação de outros conhecimentos, de saberes alternativos e de lutas sociais. Convocamos aqueles que tem trabalhos de pesquisa nessa linha de interpretação de sociedades plurais e complexas. Recentemente observa-se o agravamento de situações e da atuação de Estados nacionais com uso de estratégias extremas de retirada e violação de direitos, ameaças e violência face a intensificação de processos de pilhagem e mercantilização da natureza e dos conhecimentos locais, ainda sob um discurso desenvolvimentista. A resistência se faz presente em coletivos e lugares historicamente marginalizados e invisíveis ao capital

ismo e ao colonialismo, mas aguerridos pelas ancestralidades culturais, territoriais e ambientais, como no caso dos indígenas, quilombolas, camponeses, ribeirinhos, seringueiros, castanheiros, entre muitos outros grupos sociais que se movimentam em busca de utopias democráticas comunitárias e solidárias. Este GT propõe-se a examinar e debater trabalhos que ressaltem o encontro das ecologias política, popular e de saberes entre investigadores e ativistas de movimentos sociais que têm contribuído para a resistência à destruição da Amazônia, com ênfase no processo memorial do Fórum Social Pan-Amazônico (FOSPA), das iniciativas pela Universidade Popular dos Movimentos Sociais na Amazônia (UPMS Amazônia), entre outras. O FOSPA é uma extensão do Fórum Social Mundial (FSM) surgido em 2001 como um processo que busca articular os movimentos sociais, as comunidades tradicionais e os povos originários dos nove países da bacia amazônica (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela) com o objetivo de aproximar culturas, quebrar o isolamento das lutas de resistência, fortalecer o combate anti-imperialista, desenvolver a autonomia dos povos, promover a justiça social e ambiental, contrapor os modelos de desenvolvimento predatórios aos povos que vivem na Pan-Amazônia e discutir alternativas de justiça cognitiva e de igualdade social. A UPMS Amazônia é uma das colunas de resistência do FOSPA que nesse momento encontra-se em processo de apropriação de experiências e de acolhimento dos movimentos sociais comprometidos com a defesa e a descolonização da universidade, a articulação de resistências e a prática da ecologia de saberes. Pretende-se também compartilhar o pluralismo sociocultural da Amazônia, abrindo espaços no GT para manifestações musicais, artísticas, folclóricas e cotidianas. Pensar, portanto, na direção das artes e dos saberes em movimento, em busca de utopias e da construção de uma sociedade pós-2020.

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